Tame EP Equador e seu futuro aeronáutico

Neste post falaremos brevemente sobre Tame EP Equador e seu futuro aeronáutico. Nos últimos meses, muitos leram especialmente meus tweets relatando cancelamentos de rotas., redução da frota, potencial venda majoritária de ações e informações atualizadas da companhia aérea de bandeira do Equador, mas ¿Qual é o seu futuro agora que o processo de procura de um parceiro estratégico foi declarado nulo??
Antes de chegar a este ponto, Acho apropriado falar sobre a situação atual do Tame, as rotas que foram fechadas ou reduzidas e os aviões que não voam mais.
Visão geral atual do Tame EP
Tame é a maior companhia aérea do país em participação de mercado, com no 52%, de acordo com informações do ano 2016 do www.anna.aero, um dos principais e mais respeitados portais de análise da indústria do mundo. No estudo mais recente sobre o mercado aéreo equatoriano, o site coloca Tame com o 34% de cadeiras oferecidas na Avianca Equador (agora em segundo lugar no mercado) com ele 24% antes 21% e LATAM Airlines Equador com o 19% antes 18%. Estes dados mostram uma clara redução na capacidade do Tame, que reduziu sua participação de cadeiras no mercado 34% ai 30%.
A oferta mensal, como visto no gráfico, vem diminuindo sua capacidade mês a mês desde abril 2014, até atingir o limite do 200 mil assentos mensais atualmente, com redução de 20% em janeiro de 2017. Seguido por esta redução na oferta, Tame também apresenta redução na capacidade de assentos oferecidos internacionalmente, onde é o principal fornecedor do mercado, tendo reduzido a sua oferta em 15% em comparação com o ano 2015.
Rutas Tame EP
Desde o 2014, Tame fez uma série de ajustes em suas rotas, onde ocorreram as mudanças mais marcantes e importantes nas rotas internacionais, onde baixa ocupação e, portanto, rentabilidade zero, fez com que rotas atraentes no mercado fossem fechadas. Abaixo está a lista de rotas internacionais fechadas através de Tame em ordem cronológica:
Rotas Tame International canceladas
- Quito – Panamá, operado 3 vezes por semana na Embraer 170 – Embraer 190.
- Guayaquil – Panamá, operado 4 vezes por semana Embraer 170 – Embraer 190(1º abril 2014).
- Quito – Fort Lauderdale, operou voos diários no Airbus A319 e Airbus A320. O encerramento coincide com o início dos voos nesta rota da JetBlue.
- Quito – Lima – Sao Paulo, operado 4 vezes por semana no Airbus A319 e Airbus A320.
- Quito – Sao Paulo, operado 3 vezes por semana no Airbus A319 e Airbus A320.
- Quito – bons ares, operado até 1 vôo diário no Airbus A319, mais tarde caiu para 4 semanalmente, 3 semanalmente até ser permanentemente fechado.
- Quito – A Havana, fechamento mais recente. Funcionou até 4 vezes por semana no Airbus A319.
A grande maioria destas rotas começou a operar desde o início do séc. 2013 como um forte plano de expansão internacional para a companhia aérea (Panamá operado a partir de 2010). A estes cancelamentos não foi adicionado o que poderia ser considerado cancelamento de voos de Guayaquil para Nova York e de Guayaquil para Lima., já que esses voos foram alterados de volta para Quito desde março. Lembre-se que a mudança de base do Airbus A330 HC-COH para esses voos já foi realizada 3 vezes, mesmo sem saber os motivos exatos pelos quais essas mudanças são feitas periodicamente, na mais recente mudança e retorno dos voos entre Quito e Nova York soube-se que seria devido a um importante contrato de carga, forte do A330.
ROTAS NACIONAIS CANCELADAS DE TAME
No cenário nacional, A Tame também fez ajustes em sua operação, sempre buscando rentabilidade e reduzindo o subsídio para rotas conhecidas como social, mas que não são rentáveis e geram prejuízos significativos para a companhia aérea. As rotas domésticas que a Tame fechou até agora são:
- Quito – tulcano, operado até 5 voos semanais no ATR42-500.
- Quito – Macas, operado até 5 voos semanais no ATR42-500.
- Quito – Macas – Sério, operado 3 voos semanais no ATR42-500.
- Guayaquil – esmeraldas, operado 1 voo diário em ATR42-500.
- Latacunga – Coca, operado 5 vezes por semana, de segunda a sexta-feira, no ATR42-500.
- Guayaquil – Latacunga, operado até 5 vezes por semana, Mais tarde foi reduzido para 3 voos, posteriormente para 2 y 1 até fechar a rota no ATR42-500.
- Guayaquil – Cuenca, operado até 3 vôos diários de segunda a sexta e 2 diariamente aos sábados e domingos no ATR42-500.
Como está claro, As rotas nacionais do Equador que foram canceladas são aquelas que operam com o equipamento ATR42-500, que fornece condições operacionais ideais para esses destinos de baixa demanda, oferecendo à companhia aérea menor custo por milha voada e maior retorno, mas diante de um conhecido panorama desfavorável para o mercado aéreo, Estas rotas não foram capazes de ser sustentadas, especialmente com as perdas que a companhia aérea acumulou desde o 2014 e que são de conhecimento público.
Esta lista não contempla a redução de frequências e oferta que alguns destinos têm tido, como Salinas., Coca, Cuenca, Guaiaquil e outros.
Rotas atuais do Tame
A Tame passou de cobrir 15 destinos domésticos no Equador para 12 destinos, estes são Quito, Guayaquil, esmeraldas, Manta, salinas, Santa Rosa (machala), Loja (Catamayo), Cuenca, Coca, Lago Azedo, San Cristóbal e Baltra.
Em relação às rotas internacionais, A Tame passou a atuar em pleno crescimento na região 9 destinos, operando agora 6, que são Nova York (voo diário), Fort Lauderdale (4 vezes por semana), Caracas (opera em triangulação com Bogotá, agora com 6 voos por semana, Antes de serem 5 e no início do voo diário), Bogotá, Cali (3 voos semanais) e limão (voo diário).
O mesmo estudo ANNA, mostra o melhor 12 Rotas moderadas em termos de assentos semanais só de ida oferecidos, revelando que entre eles, 3 Eles são internacionais para Nova York, Lima e Fort Lauderdale, não necessariamente mostrando que são os mais lucrativos, Mas nos permite saber onde a Tame concentra seus esforços para aumentar suas receitas e estratégias de marketing..
Frota domesticada
A frota não ficou para trás nas reduções como esperado e lógico com menos voos. Também na minha conta Twitter pudemos ver como a Tame reduziu sua frota operacional de 17 aeronaves compostas da seguinte forma até meados do 2016:
- 1 Airbus A330
- 5 Airbus A320
- 4 Airbus A319
- 4 Embraer 190
- 3 ATR4500
Por diferentes razões, Frota domesticada reduzida para 8 aeronaves operacionais (potencialmente eles são 10), alguns casos devido ao fim do contrato de arrendamento, manutenção ou incidente em Cuenca como exemplo. A frota atual da Tame é composta da seguinte forma:
- 1 Airbus A330
- 2 Airbus A320
- 1 Airbus A319
- 2 Embraer 190 (HC-CGG entraria em breve na linha de voo após incidente em solo com caminhão de serviço).
- 2 ATR4500 (HC-CMB em manutenção programada C check em Latacunga).
Com o retorno ao voo da Embraer 190 HC-CGG e ATR42 HC-CMB Tame poderiam potencialmente recuperar algumas das rotas fechadas, embora é claro, tudo vai depender da análise de rentabilidade e viabilidade, já que tem uma frota relativamente pequena e sem backup, o lançamento destes 2 aeronave poderia dar à companhia aérea a facilidade, se os ciclos e os tempos coincidem, na colocação de outros aviões em solo para as respectivas manutenções programadas pelo fabricante.
A busca por um novo parceiro
Muito foi dito desde 2016 que a Tame abriria seu pacote de ações para um novo parceiro. Diversas vezes os Gerentes Gerais de plantão anunciaram que o processo estava avançando e vários candidatos foram considerados para a companhia aérea.. Rumores de importantes companhias aéreas do mundo foram ouvidos na época, Mas foi apenas em março que a disputa para vender a participação majoritária da Tame por mais de US$ foi tornada pública. 60 milhões. Esse processo passou 4 adiamentos que eram de conhecimento público, até o 19 Maio finalmente, depois de meses de espera, A licitação foi declarada nula por não haver licitantes., embora tenha havido conversa sobre 2 potenciais compradores de acordo com alguns portais e rumores, Poderia ter sido uma empresa da China, Espanhol, Americano e até se falou em Amaszonas Bolívia, embora não saberemos disso devido a acordos de confidencialidade..
Uma vez que o processo é descartado, Teremos que esperar que o novo Governo do Equador defina as diretrizes ou objetivos que terá para Tame a serviço do país, se deve repotenciar a companhia aérea com recursos públicos ou abrir uma nova licitação com novas bases e regulamentos para a venda da Tame.
Espero não ter entediado você com esse longo post., mas havia muito o que falar. Continuarei atualizando quando tivermos novidades sobre nossa querida companhia aérea de bandeira.
Seria muito bom ter os dados do ano 2018, considerando que houve mudanças muito importantes na participação do mercado interno, especialmente, onde a LATAM aumentou os voos entre as cidades de Guayaquil, Quito e Cuenca.
Espero tê-los em breve.